domingo, 15 de fevereiro de 2009

Morre lentamente

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,quem não ouve música,quem não encontra graça em si mesmo.Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,quem não se deixa ajudar.Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,repetindo todos os dias os mesmos trajetos,quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova corou não conversa com quem não conhece.Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.Morre lentamente quem evita uma paixão,quem prefere o negro sobre o brancoe os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoçõesjustamente as que resgatam o brilho dos olhos,sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,não pergunta sobre um assunto que desconheceou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.Morre lentamente..."(Pablo Neruda)

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